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Você sabe avaliar o escore de condição corporal de suas vacas?

Descubra como avaliar o escore de condição corporal da vaca leiteira para garantir saúde e produção ideais durante a lactação.
O escore de condição corporal (ECC) é um valor ou nota atribuído à deposição de gordura na vaca. Essa pontuação sofre variações de acordo com o ciclo da lactação. Sabe-se que no pós-parto há um aumento gradativo na produção de leite, que chegará no seu pico em torno de 45 a 60 dias de lactação. Conforme a vaca avança em dias de lactação, a produção vai reduzindo até chegar no momento da secagem, cerca de 60 dias antes do próximo parto. Mas por que entender as principais fases de uma vaca lactação?
Devido a todas essas variações no ciclo de lactação da vaca, há também uma mudança de exigência nutricional e uma oscilação na reserva corporal do animal. Assim, o escore de condição corporal torna-se uma ferramenta simples e viável para identificação da reserva corporal e, a partir disso, manter ou alterar os planos nutricionais para determinado lote.
A vaca inicia a lactação com um escore menor, consequência do pós-parto e, ao longo da lactação, vai ganhando escore. Avaliar o escore de condição corporal torna-se ainda mais importante no período de transição do animal, com o objetivo de entender a magnitude de quanto se está perdendo ou ganhando de ECC. Problemas como cetose, hipocalcemia e sérias consequências na reprodução podem ocorrer quando o escore não é o ideal para as vacas no pós-parto.
O ECC é uma ferramenta subjetiva a partir da observação de forma visual para entender se animal está dentro da condição adequada para determinada fase de vida dele. A nota pode variar de 1 a 5 (imagem 1), sendo 1 para uma vaca extremamente magra e 5 para um animal extremamente gordo.
Escore de condição corporal: aplicação em vacas leiteiras
Imagem 1. Escore de condição corporal da vaca leiteira. Fonte: MilkPlay.
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Como fazer a avaliação de escore na prática?

Para fazer a avaliação de escore, é necessário observar e até mesmo fazer a palpação em alguns pontos na vaca. Um dos primeiros pontos a serem observados é a angulosidade entre o íleo e ísquio. Quando essa angulosidade se apresenta em um formato semelhante à letra “L”, ou seja, uma angulosidade mais proeminente, assume-se que a vaca está com escore abaixo de 3,0. Para uma angulosidade menos intensa, semelhante à letra “C”, assume-se que a vaca está com escore acima de 3,0.
Os demais pontos (imagem 2) devem ser avaliados isoladamente, atribuindo um decréscimo ou não de 0,25. Conforme a imagem abaixo, é possível analisar as áreas a serem avaliadas na vaca, assim como a pontuação para cada condição.
Escore de condição corporal: aplicação em vacas leiteiras, estrutura óssea.
Imagem 2. Escore de condição corporal para vaca leiteira. Fonte: Escore de condição corporal: aplicação em vacas leiteiras - EducaPoint.

Quais são os valores de referência para cada fase da vaca?

O valor de referência sofre variações de acordo com o ciclo produtivo da vaca. A tabela abaixo mostra os escores ideias para cada fase do animal, com destaque para a fase de secagem e do parto.
 Escore de condição corporal ideal de vacas leiteira, para cada fase.
Tabela 1. Escore de condição corporal ideal para cada fase. Fonte: Escore de condição corporal: aplicação em vacas leiteiras - EducaPoint.
Além do escore corporal ideal, admite-se uma variação aceitável, porém, quanto menor essa variação, menores serão os riscos de problemas durante o período de transição, bem como as chances de ocorrência de desordens metabólicas e reprodutivas.
No início da lactação, é natural que a vaca entre em balanço energético negativo. Entretanto, a perda de escore corporal deve ser limitada a, no máximo, 0,5 ponto. É importante evitar que a vaca perca 1,0 ponto no escore, pois isso pode comprometer sua saúde e desempenho. Já no período intermediário e final da lactação, é comum que a vaca recupere escore, desde que esse ganho seja controlado, para evitar que chegue ao período de secagem com excesso de condição corporal.
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Afinal, ao que se atentar?

Conforme destacado, o escore corporal é uma avaliação subjetiva, realizada com base na observação visual e prática. Por isso, é recomendável que as mesmas pessoas sejam responsáveis por essa análise, a fim de minimizar possíveis variações na interpretação.
A avaliação do escore corporal deve ser feita de forma contínua em todas as fases produtivas da vaca, com especial atenção ao período de transição. Essa prática contribui para o ajuste do manejo nutricional e a aplicação de estratégias de agrupamento de vacas em lotes distintos, conforme suas necessidades. Trata-se de uma ferramenta simples, que não exige aquisição de equipamentos, podendo ser realizada por qualquer pessoa devidamente capacitada.